sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Umar quer “trazer assédio sexual para a agenda política" e realizar estudo


A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta promove a partir de sábado uma digressão pelo país, que tem como objectivos “trazer o assédio sexual para a agenda política” e perceber “qual o índice de vitimização” em Portugal.
A presidente da Umar, Maria José Magalhães, afirmou que este périplo pelo país, que arranca no sábado em Faro e termina em Junho em Braga, visa sensibilizar a população para o assédio sexual, tanto no trabalho como no espaço público.

“Queremos pôr as pessoas a discutir o tema, queremos tomar conhecimento do que as pessoas sabem sobre o assunto”, disse, adiantando que a Umar vai promover um estudo junto da população para apurar, através de inquérito, qual o conhecimento dos portugueses sobre o assédio sexual. “Queremos, no mínimo, ter 2000 respostas para que este estudo possa ter validade científica”, precisou.

Através de um questionário, feito porta a porta e disponível online, a Umar quer descobrir o que sabem os portugueses sobre assédio sexual: “o que sabem sobre o assunto, que legislação conhecem, se já foram vítimas e se conhecem quem já tenha sido vítima”.

Para Maria José, as mulheres portuguesas “não têm consciência do que é o assédio sexual”, sendo que neste tema “há um elemento que vive muito da cultura e Portugal é muito sexista”. Segundo referiu, muitas vezes nem os próprios homens se apercebem de que estão a assediar. E exemplificou: “Ao assobiar a uma mulher, [o homem] está a mostrar a sua masculinidade e a própria mulher não deixa de achar que é interessante por ser lembrada de que é atraente”.

A presidente da Umar entende que “é preciso mudar as expectativas das mulheres sobre si próprias”, lembrando que a sociedade portuguesa “diz que as mulheres têm determinados comportamentos e espaços que lhes são adequados”. Quando há um desvio, acrescentou, no entender de quem importuna, “a mulher estava a pedi-las”.

Um piropo, um flirt e um apalpão, mas também uma perseguição, um ataque ou até uma violação, são exemplos de assédio apontados pela responsável. Em Faro, a Umar promove no sábado um workshop no Pátio das Letras que visa dar a conhecer formas de reagir e combater o assédio sexual.

Haverá também uma performance nos jardins públicos e uma acção de rua, denominada “Claiming The Night”, que pretende mostrar que “as ruas da noite têm de ser seguras para as mulheres”. No domingo de manhã está prevista uma visita ao mercado municipal, onde serão distribuídos folhetos informativos e será promovido o inquérito nacional. Em 19 de Março a Umar estará com estas iniciativas em Setúbal.


[Fonte: Público]


Ver mais sobre a primeira etapa da Rota dos Feminismos em Faro.
Ver mais sobre a iniciativa Rota dos Feminismos Contra o Assédio Sexual.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

E viva a violência doméstica contra as mulheres!



Homem que é homem, bate na mulher. Homem que não bate na mulher, não significa que a respeita, significa que é "mariquinhas". Por isso, meus senhores, aprumem-se e tratem de bater nas vossas mulheres para assumirem a vossa masculinidade, não vão vocês passar por "mariquinhas" e dar seca às mulheres que gostam de ver violência doméstica contra... as mulheres.

(Nota: isto é apenas um comentário sobre as opiniões contidas no vídeo. Considero a violência doméstica contra o homem tão intolerável como a violência doméstica contra a mulher.)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Feminismo e Marianismo

A propósito do questionário que coloquei no Diário das "Fêmeas" e que esteve aberto até ao dia 31 de Dezembro de 2010 e de alguns comentários e opiniões, venho clarificar o que não é o feminismo.

Quero apenas deixar a ideia de que Faminismo, apesar de se opor (na medida em que luta contra) ao machismo, não é o oposto do machismo. A mulher feminista não visa uma vigança nem anseia a superiorização ao homem.  A mulher feminista não é aquela que tem a vontade de inverter a opressão masculina transformando-a em opressão feminina. A mulher feminista quer cessar a opressão masculina, dando lugar à igualdade entre géneros.

Essas mulheres, que se acreditam superiores ao homem não são Feministas, são Marianistas.

Alguns locais a visitar:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marianismo
http://feministactual.wordpress.com/2008/03/22/marianismo-como-critica-exasperada/
http://www.paracleto.net/marianismo_no_espiritismo.php