sexta-feira, 30 de setembro de 2011

a defender a "igualdade", contra o "feminismo"! ... como?!

Por momentos pensei que estava a ler o FacebookLeaks.

Nota: eu conheço pessoalmente o "machista 1". Por isso, escondi a identidade de todos os intervenientes. No entanto, asseguro-vos de que isto é real e que pode ainda ser encontrado no facebook.


Aviso: a leitura do que se segue pode causar sérios problemas psicológicos.




Mas isto faz sentido para algum dos meus leitores? não há comentário possível...


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

« Saudita condenada a dez chicotadas por conduzir


As sauditas ainda não tinham acabado de festejar o direito a votar e a candidatar-se nas eleições municipais, anunciado domingo pelo rei Abdullah, quando souberam da condenação de Shaima Jastaina a dez chicotadas por conduzir.

Nunca nenhuma mulher tinha sido condenada por guiar

As mulheres não podem guiar na Arábia Saudita mas nunca nenhuma tinha sido condenada a qualquer punição legal.

“Como é que uma mulher pode ser chicoteada por guiar se a pena máxima por uma violação de tráfico é uma multa?”, questionou-se Sohila Zein el-Abydeen, da Sociedade Nacional de Direitos Humanos (governamental).

Para Abydeen e outras activistas a sentença é uma retaliação do establishment religioso contra o rei e as reformas. “O nosso rei não merece isto”, disse ao telefone com a Reuters, numa conversa em que teve um ataque de choro. “Este veredicto foi um choque para mim, mas já esperávamos este tipo de reacções.”

Jastaniah foi condenada num tribal de Jidá, onde foi presa em Julho. Já recorreu da sentença. Entretanto, a activista Madiha al-Ajroush foi brevemente detida na terça-feira depois de ter sido interpelada quando conduzia acompanhada por uma jornalista francesa que está a realizar um documentário sobre as mulheres no reino. Segundo a conta de Twitter da campanha Women2Drive, foi libertada depois da intervenção do consulado francês. Uma terceira, Najla Hariri, foi acusada de “desafiar o monarca”.

Por coincidência, Hariri estava a responder no gabinete da procuradoria enquanto o rei Abdullah discursava. Hariri conduziu não em desafio, mas por necessidade. “Precisei de deixar o meu filho na escola e de apanhar a minha filha no trabalho”. Um problema que enfrentam todas as sauditas que não podem pagar os perto de 300 euros que um motorista custa por mês.

Madiha al-Ajroush é uma veterana activista: em 1990 foi presa com 40 sauditas por conduzir. Em Junho foi lançada uma nova campanha e dezenas de mulheres têm conduzido e publicado vídeos no YouTube. Manal al-Sherif, promotora da iniciativa, esteve detida dez dias mas foi libertada depois de assinar uma declaração em que se compromete a não conduzir nem falar com jornalistas.

Normalmente é isso que acontece quando uma mulher é apanhada - assina uma declaração afirmando que não voltará a fazê-lo. Aliás, não há nenhuma lei que diga que as sauditas não podem conduzir, mas é proibido passar-lhes licenças de condução.

“Permitir que as mulheres votem está muito bem mas se vão ser chicoteadas por exercer o direito à liberdade de movimentos, então as reformas do rei significam muito pouco”, comentou a Amnistia Internacional. »


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

«PAN quer reflexão sobre a violência doméstica


O Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) defendeu hoje uma reflexão sobre a violência doméstica, considerando que a sociedade deveria preocupar-se com os “números invisíveis” do problema.

“Mais importante que falar dos números que são mais visíveis, é importante falar dos números invisíveis, do silêncio que há em cada lar, em cada casa, de uma violência camuflada que é, muitas vezes, difícil de comprovar e para a qual a sociedade deveria estar mais preocupada e não apenas com a fase final em que as vítimas são mortas”, declarou a candidata Laíz Vieira.

Numa conferência de imprensa no Funchal, a candidata na lista liderada por Rui Almeida afirmou que os números da violência doméstica “são alarmantes”, referindo a este propósito as “dezenas de mulheres que morrem anualmente às mãos dos seus companheiros”.

Para a responsável, as entidades públicas, mas também privadas, deveriam “fazer um trabalho interdisciplinar” para “travar este flagelo”.

“É muito nobre que haja casas de abrigo para as vítimas, mas também não é aceitável que as vítimas tenham que sair de sua casa quando são elas as pessoas mais violentadas e desrespeitadas”, acrescentou Laiz Vieira.

A candidata apelou às vítimas para que procurem “todo o tipo de ajuda possível para combater a situação” e aos seus familiares para que façam “tudo por tudo para não relativizar o problema”.

“A violência doméstica é um fenómeno sobre o qual temos de continuar a reflectir e a sentirmo-nos escandalizados e indignados enquanto existir um só caso”, disse Laís Vieira, lembrando que o PAN é “um partido pela não-violência”.

O PAN concorre pela primeira vez a um sufrágio regional, depois de se ter estreado, a 05 de junho, nas eleições legislativas nacionais.

Nas últimas eleições regionais, em 2007, o PSD, com 64,24 por cento de votação, elegeu 33 dos 47 deputados no Parlamento deputados, mantendo a maioria absoluta, obtida, pela primeira vez, em 1976.»



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"Manifesto repudia preconceito contra mulheres brasileiras


Para manifestar o repúdio face ao “preconceito contra as mulheres brasileiras em Portugal” e “exigir que providências sejam tomadas por parte das autoridades competentes” está a ser divulgado um manifesto pela organização “Marcha Mundial das Mulheres Portugal”.
Os seus subscritores contestam o estigma da hipersexualidade a que estão votadas as brasileiras, o que consideram “uma violência simbólica que se transforma “em violência física, psicológica, moral e sexual”.E referem trabalhos de investigação que “têm demonstrado como as mulheres brasileiras são constantemente vítimas de diversos tipos de violência em Portugal”

O principal motivo que agora levou um grupo de mais de cem pessoas a mobilizarem-se para fazer este manifesto é o surgimento “da personagem “Gina”, do Programa de Animação “Café Central” da RTP (Rádio Televisão Portuguesa)”, explicam os seus autores, esclarecendo que “a personagem é a única mulher do programa, a qual, devido ao forte sotaque brasileiro, quer representar a mulher brasileira imigrante em Portugal”.

Essa personagem “é retratada como prostituta e maníaca sexual, alvo dos personagens masculinos do programa”, o que consideram “um desrespeito às mulheres brasileiras, que pode ser considerado racismo”, afirmam os subscritores do manifesto que exigem “das autoridades competentes”, o cumprimento da “CEDAW – Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres”, da qual tanto Portugal, como o Brasil, são signatários."


domingo, 18 de setembro de 2011

"Mulheres portuguesas ganham menos 18 por cento que os homens"


« As mulheres portuguesas ganham, em média, menos 18 por cento que os homens (181 euros), apesar de a sua participação no mercado de trabalho ter aumentado nos últimos anos, segundo um estudo da CGTP. Hoje decorre em Varsóvia o Congresso Europeu da Mulher.

De acordo com o estudo sobre a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho, a taxa de actividade feminina é de 56 por cento, menos 11,9 pontos percentuais do que a taxa de actividade masculina, que é de 67,9 por cento.

O estudo, elaborado com base em dados do INE - Instituto Nacional de Estatística, refere que em Portugal as mulheres representam 47,3 por cento da população activa e 47 por cento do emprego total.

No entanto, a remuneração base média mensal dos homens (1.003,7 euros) era no ano passado superior em 18 por cento à das mulheres (822,7 euros). Se o referencial for o ganho médio mensal e não apenas o salário base, então a diferença ainda é maior, de 21,6 por cento.

O sector da saúde e do apoio social é aquele onde a diferença salarial é maior (33,5 por cento). Em média os homens ganham 1.202,05 euros e as mulheres 798,91 euros (menos 403,14 euros). A diferença é menor no sector do comércio. Os homens ganham em média 1.122,03 euros por mês, enquanto as mulheres ganham 910,29 euros, o que corresponde a menos 19 por cento (211,74 euros).

São também as mulheres que representam a maioria dos trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional - 12,3 por cento, enquanto para os homens essa percentagem é de 5,9 por cento.

Eurodeputada Edite Estrela quer legislação para acabar com diferenças

A eurodeputada Edite Estrela, vice-presidente da comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Género, defendeu hoje a necessidade de serem aplicadas na União Europeia medidas legislativas para acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres.

Edite Estrela vai representar o Parlamento Europeu no Congresso Europeu da Mulher, que decorre hoje em Varsóvia, no âmbito da Presidência Polaca da UE. “Vou aproveitar este congresso para reafirmar a necessidade da Comissão Europeia apresentar medidas que garantam a igualdade salarial entre homens e mulheres e também a participação da mulher nos processos de decisão, a todos os níveis, incluindo das administrações das grandes empresas”, afirmou.

Segundo Edite Estrela, as mulheres ainda estão muito pouco representadas nas administrações das empresas da União Europeia, apesar de representarem 60 por cento dos licenciados que saem das universidades.

“Só um em cada 10 membros de administrações das maiores empresas europeias são mulheres e 97 por cento dos presidentes dessas empresas são homens”, salientou.

Para a eurodeputada socialista a solução para esta situação só será conseguida com a aplicação de leis para a paridade, que “as empresas vão ter de cumprir”.

O 3º Congresso Europeu é o maior evento internacional dedicado às questões sociais durante a Presidência semestral da Polónia e conta com a presença da Comissária Europeia para Justiça e Direitos Fundamentais, de vários ministros europeus responsáveis pela pasta, e de especialistas e representantes de organizações não-governamentais dos 27 Estados membros da EU. »