sábado, 29 de dezembro de 2012

Milhares manifestam-se na Índia em homenagem a jovem violada num autocarro

imagem retirada do tumblr ed0ro.

« Milhares de pessoas manifestaram-se hoje de forma pacífica nas ruas das principais cidades da Índia para prestar homenagem à jovem violada por seis homens num autocarro em Nova Deli que faleceu esta madrugada [29 de Dezembro] em Singapura.

As manifestações estão a ter lugar em cidades como Hyderabad (centro), Bangalore (sul), Bombaim (oeste), Patna (norte) ou Calcutá (este), onde é pedido justiça e são reclamadas medidas de segurança para as mulheres, segundo diversos meios de comunicação indianos citados pela EFE.

Em Nova Deli, a maior concentração foi em Jantar Mantar, depois de a polícia ter cortado os acessos ao monumento da Porta da Índia, onde se registaram até agora os maiores protestos.

Os manifestantes começaram a chegar a Jantar Mantar logo pela manhã e o número de pessoas no local cerca das 20:30 (15:00 em Lisboa), sobretudo jovens que levavam velas e placas reivindicativas, superava as várias centenas.

Numa outra manifestação de indignação na capital indiana, um grupo de jovens estudantes da universidade JNU realizou uma marcha pacífica no sul de Nova Deli até à paragem de autocarro onde a jovem e um amigo apanharam aquele transporte e se encontraram com os violadores.

"Estamos tristes, mas também zangados. Quando acabarão este tipo de atrocidades? Por acaso as mulheres não são humanas?", questionou Nidhi, uma universitária, em declarações à agência local IANS.

As principais autoridades da Índia sublinharam hoje, em vários comunicados, que a morte da jovem "não será em vão" e referiram-se à vítima de violação como "uma verdadeira heroína que simboliza o melhor da Índia".

O corpo da universitária, que foi violada no passado dia 16 de dezembro durante 40 minutos por seis homens num autocarro e provocou uma onda de protestos na Índia, será transferido hoje de Singapura para Nova Deli num avião fretado pelo Governo indiano.

Os autores da violação foram detidos e a jovem, que tinha sido transferida na passada quarta-feira para o hospital de Singapura, morreu esta madrugada devido a "uma infeção nos pulmões e no abdómen e a uma ferida cerebral grave", segundo o relatório médico.

Um diplomata indiano que acompanhou a família da jovem em Singapura revelou que os pais "desejam que a morte da sua filha sirva para brindar um melhor futuro para as mulheres tanto em Nova Deli como de toda a Índia".
O departamento de registos criminais na Índia revelou em 2011 que em cada 20 minutos uma mulher é violada no país, mas que em apenas um em cada quatro casos o violador é devidamente condenado.

Segundo os analistas, a situação deve-se à "imensa corrupção" que existe no corpo policial indiano.»


FONTE: i on-line.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Padre italiano diz que forma como mulheres se vestem pode provocar criminosos


«Pietro Corsi causou polémica em Itália ao apelar às mulheres que reconsiderem a forma como se vestem, pois arriscam-se a provocar criminosos e a serem vítimas de violência.

A forma como algumas mulheres se vestem pode provocar instintos criminosos. A conclusão é de Pietro Corsi, um padre italiano de San Terenzo, e esteve defendida numa mensagem colocada na porta da sua igreja durante o Natal. A posição do padre causou polémica. O sacerdote, com remorsos, pediu a demissão.

“As mulheres com a sua roupa reduzida, que se afastam da vida virtuosa e da família, provocam instintos e devem fazer um exame de consciência: 'O que procuramos?'”. A frase é uma das retiradas de uma mensagem colocada por Pietro Corsi à porta da igreja de San Terenzo, no dia de Natal, e que foi divulgada nos media italianos.

A posição do padre suscitou críticas na sua paróquia e a polémica alargou-se a todo o país. Este ano, em Itália foram assassinadas118 mulheres.

O escândalo levou o bispo de La Spezia, Ernesto Palletti, a ordenar que fosse de imediato retirada a mensagem da igreja de San Terenzo, argumentando que as afirmações ali sustentadas atentavam contra o sentimento de condenação da violência sobre as mulheres. O bispo disse ainda existirem “motivações inaceitáveis que vão contra o sentimento comum assumido pela Igreja” sobre estes assuntos.

Pietro Corsi retirou a mensagem da porta da sua igreja. Na manhã desta quinta-feira tomou também a decisão de renunciar às funções de pároco. “Após uma noite de insónia devido à dor e aos remorsos suscitados pela justa polémica” causada pela sua “imprudente provocação”, Don Pietro Corsi decidiu abandonar o sacerdócio. O padre deixou ainda um pedido de desculpas, “as mais sinceras, não apenas a todas as mulheres ofendidas” pelo seu texto, mas também a “todos os que se sentiram ofendidos” pelas suas palavras.»

FONTE: Público On-Line


Mas quando é que acaba a história de que os homens são vítimas porque caem na "tentação" de violar uma mulher? Quando é que a mulher vai deixar de ser considerada culpada e de se sentir culpada por ser violada? Roupas "reduzidas" ou não, nenhuma de nós quer ser violada ou morta, mas queremos ter o direito de nos vestirmos como bem entendermos. O perverso é o violador ou feminicida, não a mulher "de roupas reduzidas".

sábado, 22 de dezembro de 2012

"Super Mario" preso por apalpar mulher de 58 anos


Um homem vestido de Super Mario, o canalizador mais famoso do mundo, foi detido em Nova York por a apalpar uma mulher de quase 60 anos.

Damon Torres, de 34 anos, acabou preso, num dia em que a Nintendo, que realizava eventos na cidade, escreve no Twitter: “Super Mario trouxe a alegria a Nova Iorque”.

Damon Torres vestiu um fato de ‘Super Mario’ e decidiu deambular pelas ruas de Times Square, na cidade que nunca dorme. O objetivo era convidar os turistas a pagar-lhe para tirar fotografias ao lado da personagem da Nintendo, que o homem encarnava, sem autorização oficial da marca detentora dos direitos.Acontece que o norte-americano foi apanhado a apalpar uma mulher de 58 anos, ontem. De acordo com a polícia, Damon Torres, o Super Mario falso, não deixou a mulher passar e agarrou-a, tocando-a em partes íntimas.

O homem viria a ser preso pelas autoridades, que foram chamadas ao local pela vítima. Agora, Torres responde pelo crime de abuso e também pela posse ilegal de marijuana, que escondia debaixo do fato de ‘Super Mário’.


FONTE: Ainanas

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

pénis, o símbolo de superioridade para os machos

« Persuadem a criança de que é por causa da superioridade dos meninos que exigem mais dela; para encorajá-la no caminho difícil que é o seu, insuflam-lhe o orgulho da virilidade; essa noção abstrata reveste para êle um especto concreto: encarna-se no pênis; não é espontaneamente que sente orgulho do seu pequeno sexo indolente; sente-o através da atitude dos que o cercam. Mães e amas prepetuam a tradição que assimila o falo à ideia de macho; seja porque lhe reconhecem o prestígio na gratidão amorosa ou na submissão, seja porque constitua para elas um revide reencontrá-lo sob uma forma humilhada, o fato é que tratam o pênis infantil com uma complacência singular. Rabelais diz-nos dos folguedos das amas de Gargântua (1); a história registou os das amas de Luís XIII. Mulheres menos impudentes dão entretanto um apelido gentil ao sexo masculino a falam-lhe dele como de uma pequena pessoa que é a um tempo ele próprio e um outro; fazem desse sexo, segundo a expressão já citada, "um alter ego geralmente mais esperto, mais inteligente e mais hábil do que o indivíduo". Anatomicamente, o pénis presta-se muito bem a esse papel; separado do corpo, apresenta-se como um pequeno brinquedo natural, uma espécie de boneca. Valorizam portanto a criança valorizando-lhe o duplo. Um pai contava-me que um de seus filhos com a idade de três anos ainda urinava sentado; um dia o pai levou-o ao W. C. dizendo-lhe: "vou te mostrar como fazem os homens". A partir de então o menino, orgulhoso de urinar em pé, desprezou as meninas "que mijam por um buraco"; [...]

Assim, longe de o pênis ser descoberto como um privilégio imediato de que o menino tiraria um sentimento de superioridade, sua valorização surge ao contrário como uma compensação inventada pelos adultos e ardosamente aceita pela criança. [...] Posteriormente, o menino encarnará em seu sexo sua transcendência e sua soberania orgulhosa.

A sorte da menina é muito diferente. Nem mães nem amas têm reverência e ternura por suas partes genitais; não chamam a atenção para esse órgão secreto de que só se vêo invólucro e não se deixa pegar; em certo sentido, a menina não tem sexo. Não sente essa ausência como uma falha; seu corpo é evidentemente uma plenitude para ela. mas ela se acha situada no mundo de um modo diferente do menino e um conjunto de fatores pode transformar a seus olhos a diferença em inferioridade ».

(1) "... E já começava a exercitar a piroca que todos os dias suas governantas enfeitavam com lindos ramalhetes, fitas bonitas, belas flores, vistosas borlas, passando o tempo a alisa-lo como se fosse um tudo de ungüento e arrebentando de rir quando ela endurecia, como se a brincadeira lhes agradasse. Uma a chamava de meu batoquinho, outra de meu pinhão, outra de meu tronco de coral, outra de meu tampão, minha rolha, minha varinha, meu boticão, minha verruga, meu penduricalho, etc..." (tradução de Aristides Lobo).

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Conforme o original: "O Segundo Sexo - A Experiência Vivida" de Simone de Beauvoir, Difusão Européia do Livro, São Paulo - Brasil, Segunda Edição, 1967, Tradução de Sérgio Milliet.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Papa contra o aborto fala de justiça

O Papa Bento XVI revelou hoje a sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2013 numa conferência de imprensa no Vaticano. O Papa teceu críticas ao casamento homossexual, ao aborto e à eutanásia, e destacou a importância do direito ao trabalho, que considera ameaçado.

A mensagem para o 46.º Dia Mundial da Paz, a celebrar a 1 de janeiro de 2013, tem como título "Bem-aventurados os construtores da paz". Na apresentação da mesma, hoje, o Papa afirmou que "as tentativas" de casamento "entre um homem e uma mulher (...) juridicamente equivalentes a formas radicalmente diferentes de união" são um "atentado conta a verdade da pessoa humana" e "uma ferida grave infligida à justiça e à paz", cita o site do jornal italiano 'Corriere della Sera'.

Em relação ao casamento o Papa defendeu que o mesmo deve ser protegido pela sua estrutura natural: "o casamento deve ser protegido e reconhecido como uma união entre um homem e uma mulher", considerando que os casamentos homossexuais "prejudicam" e "contribuem para a sua desestabilização [do casamento heterossexual] obscurecendo o seu caráter especial e o seu papel social insubstituível", cita o 'Corriere della Sera'

A mensagem do Papa não se ficou por aqui e abordou ainda temas como o aborto e a eutanásia. Bento XVI considerou que é importante "para uma cooperação pela paz" que "as leis jurídicas e a administração da justiça reconheçam o direito ao uso do principio da objeção de consciência, em matéria de leis e medidas governamentais que atentam contra a dignidade humana, como o aborto e a eutanásia", afirmou Bento XVI.

Posto isto, o Papa falou sobre a importância do trabalho, dizendo que "entre todos os direitos e deveres sociais, o que hoje está sob maior ameaça é o direito a trabalhar". Para Bento XVI é necessária uma "consideração renovada sobre o trabalho, baseada em princípios éticos e valores espirituais", cita o mesmo jornal.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Bullying Machista

Victória Esseker tem 16 anos e é de Aveiro, Portugal. Não se assume como feminista, mas afirma que "o bullying (no meu caso) esteve bem relacionado com as diferenças do sexo". Victória explica: "sei bem por experiência própria a disparidade entre os homens e mulheres que começa já desde pequeninos e que vai afectando as garotas e os garotos, dependendo do assunto. As coisas pelas quais passei acontecem mais às meninas, o que nos exigem é simplesmente demais". Saibam qual foi a experiência de Victória Esseker:


« Repitam comigo: Não vou baixar a cabeça quando esses retardados falarem!

Entre pessoas como eu que sabem admitir que a raça humana está recheada de terríveis defeitos e Deus nosso senhor nos abençoou com uma terrível habilidade para falhar e errar que quase parece uma arte, e pessoas que não sabem admitir quando são más e, pior, ainda acham que é fixe cometer erros com as outras pessoas, há uma grande distância.

Ao longo da minha vida fui-me cruzando com este tipo de pessoas, ou melhor, crianças que não eram e não são crianças nenhuma, que sempre gostaram de me fazer sentir mal comigo própria, sempre me deitaram à cara que eu era feia, que eu era burra, que eu não era o suficientemente boa em nada. Desde ao rapaz que me deu um murro no estômago à rapariga que me disse que eu não prestava a jogar basket e me fez esconder de baixo de uma bancada a chorar, desde o rapaz que me insultou e eu perdi a paciência e quase lhe bati, à rapariga que dizia que eu era louca, entre outros.

O meu verdadeiro problema foi eu ter onze anos na altura em que o bullying começou, eu não sabia que eles não tinham razão, eu não sabia que no futuro haveriam adultos a dizer que tinha uma inteligência fora do comum e que de vez em quando surgiriam rapazes que diriam que eu era bonita e que me trariam problemas. Eu não sei porque é que eu era a rapariga deixada sozinha nos corredores, porque quando penso na rapariga popular da minha turma, a verdade é que ela era uma feiosa e mesmo assim ela tinha os rapazes garantidos incluindo o rapaz que eu gostava. E, estas filosofias não me fizeram bem porque eu comecei a pensar que era gorda porque não era uma magricelas, que era burra por ser má a matemática, que era feia por não usar roupas de marca e de moda, que nunca jogaria bem basket como outras raparigas, que eu era demasiado alta, que eu nunca teria um namorado, etc, etc.

É triste porque as crianças deveriam ser inocentes, não deveriam fazer sentir mal as outras crianças. A culpa é delas? Sim e não. A culpa é delas porque se eu me apercebia com essa idade que quando batia num animal podia chegar a matá-lo e que quando chamava nomes a outra criança ela choraria, então eu não deveria fazê-lo, porque eram coisas tristes. Por outro lado a culpa não é delas porque não foram elas que criaram os concursos de beleza, as revistas cor-de-rosa, as celebridades e muito menos as modas que atingem massas e os padrões de inteligência, elas eram e são vítimas dalgo que os adultos controlam. Os adultos tem culpa do bullying, foram eles que criaram sem criar seres tão cruéis.

Ainda hoje no secundário sou uma rejeitada, não como era quando era garota mas sou, e às vezes os fantasmas dos corredores do meu antigo colégio me perseguem e me batem e insultam no corredor de cacifos até que eu desista de correr e caia no chão e chore e me sinta como há cinco anos. Não sou eu que choro, é uma menina de doze anos que acha que eles tem razão e se esquece dos momentos nos quais foi valorizada.

Sim, hoje é diferente, eu sei ler a personalidade dos que me odeiam, as pessoas que me querem atingir tem problemas de auto-estima, sofrem de daddy issues, são raparigas que tem problemas com elas próprias e como toda a gente (engraçado, algumas são umas verdadeiras feiosas e a personalidade não as ajuda), hoje eu sei que não sou a única porque conheço muita gente que é como eu. Sabem, os populares pensam que todo o mundo os ama, mas é mentira. Eles vivem nessa podre ilusão e devíamos ter pena deles porque nós somos normais. É normal que hajam pessoas que nos querem fazer sentir mal, eles tem um nariz demasiado empinado, são uns pobres coitados que, em vez de investirem neles próprios, insultam qualquer pessoa que seja diferente, qualquer pessoa desde que cumpra um ou mais dos seguintes critérios:

  • Veste roupa diferente
  • É um pouco mais inteligente que o normal
  • Tem um sotaque diferente
  • Parece mais novo ou mais velho para a idade
  • É demasiado bonita
  • Não é tão atraente como as outras raparigas
  • É swag
  • Não é swag
  • É bom(boa) nalguma coisa - pelo que deve-se dizer que tem a mania e que acha que é mais do que os outros por ter algum talento
  • É má nalguma coisa - É má nalguma coisa? É burro, inútil, estúpido, não sabe nada!
  • Faz vídeos para o Youtube - Mais uma vez é uma pessoa que acha que é mais do que os outros e que quer aparecer
  • Não sai à noite todos os fins de semana
  • É puta - Puta é uma rapariga que tenha tido vários namorados ou que não goste de compromisso e se fique pelas curtes, é bom lembrar que um rapaz que se fique por curtes deve ser honrado e não criticado, ou pelo menos não digas nada porque sabes bem que é normal
  • É virgem - Virgem é qualquer pessoa que não tem um histórico público de relações (se as pessoas acham que aquela pessoa nunca teve um namorado(a), então essa pessoa nunca teve um namorado(a) ), mesmo que já tenha tido relações sexuais se essa pessoa não fizer entender aos populares que sabe dar um beijo, então essa pessoa nunca deu um beijo
  • Corta os pulsos - Se é uma pessoa que corta os pulsos e nós não sabemos nadinha da vida dela é óbvio que é uma pessoa com problemas psicológicos que se está a armar em coitadinha! Gozemos com essa pessoa porque é errado cortar os pulsos, não é ao tentar compreendê-la que a haveremos de ajudar!

E se as pessoas cometem suicídio depois de anos de gozarmos com eles e de lhe batermos, o que dizemos?

-Oh, não acredito! Gostávamos tanto dele(a)! Tinha tanto talento, era tão bonita, era um modelo a seguir! Como foi capaz? A culpa é da sociedade! »


FONTE: Reckless 'N' Bipolar (o blogue da Victória Esseker).


Partilhem a vossa experiência também! Aqui na caixa de comentários ou por e-mail ( diariodasfemeas@gmail.com ), enviem os vossos testemunhos sobre bullying ou qualquer outro assunto relacionado com diferenças de género (por exemplo, stalking, violência doméstica, assédio, violação, piropos na rua, algo que vos tenha incomodado e que saibam que vos aconteceu ou foi agravado por serem do sexo feminino). Vale tudo!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

deputado anti-aborto poderá ficar com pasta da saúde na UE


O anti-gays que pode ficar com a pasta da saúde na UE

O governo de Malta propôs Tonio Borg para o lugar de comissário da Saúde e Defesa do Consumidor da União Europeia. Caberá ao Parlamento Europeu dar o aval ao seu nome. O certo é que Tonio Borg ficou conhecido há três anos por ter defendido a exclusão de casais de pessoas do mesmo sexo da norma europeia da livre circulação de pessoas, com o argumento de que tinha de defender o interesse nacional de Malta.

Enquanto ministro da Justiça da pequena ilha do Mediterrâneo, defendeu também que a Constituição do país devia incluir um artigo que estabelecesse que a vida começa no momento da concepção. Borg chegou a definir o aborto como um assassinato.


No Parlamento Europeu, os 270 eurodeputados do grupo popular deverão votar a favor da nomeação. Segundo o El País, os 144 eurodeputados liberais e ecologistas estarão contra. Os socialistas estão divididos, fazendo com que a votação seja renhida.

O cargo de comissário da Saúde e Defesa do Consumidor era ocupado pelo maltês John Dalli, obrigado a demitir-se após acusações de que estaria disposto a receber 60 milhões de euros de um lobista de uma empresa de tabaco sueca, para mudar a legislação a favor da mesma.


FONTE: Dezanove.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pena suspensa para mais um agressor - Paco Bandeira


"Tribunal da Relação confirma condenação de Paco Bandeira
Tribunal da Relação confirma condenação de Paco Bandeira



O Tribunal da Relação confirmou a condenação do cantor português Paco Bandeira a três anos e quatro meses de prisão, com pena suspensa, por violência doméstica contra a ex-mulher Maria Roseta Ferreira, disse hoje à Lusa o advogado da vítima.


"Eles [defesa de Paco Bandeira] recorreram da decisão do Tribunal de Oeiras e a Relação fez um acórdão a dizer que era manifestamente improcedente e confirmaram a sentença", disse à agência Lusa Pedro Sobral.

O advogado de Maria Roseta adiantou ainda que, segundo o acórdão conhecido esta semana, o Tribunal da Relação decidiu aumentar o valor da indemnização a pagar pelo cantor, que passou de 400 para 600 euros.

A 13 de julho, a juíza do Tribunal de Oeiras determinou que Francisco Veredas Fernandes, mais conhecido como Paco Bandeira, fosse condenado pelo crime de violência doméstica e também de detenção de arma proibida a três anos e quatro meses com pena suspensa e 400 euros de coima e ainda 3.000 mil euros por "danos morais" a Maria Roseta.

A juíza deliberou ainda que o arguido fosse absolvido dos crimes de maus tratos à filha e de devassa da vida privada.

Os depoimentos de Maria Roseta Ferreira, ex-mulher e assistente no processo, e o da filha do casal, de 13 anos, terão sido determinantes para a decisão do coletivo de juízes."

FONTE: Diário de Notícias On-line


O problema é que, nestas (e outras) coisas da justiça portuguesa, o último a rir é sempre o primeiro. Até quando?!




domingo, 7 de outubro de 2012

Ikea pediu desculpa por apagar mulheres de catálogo na Arábia Saudita


Photoshop eliminou as mulheres das imagens do catálogo da Ikea na Arábia Saudita. O grupo sueco já pediu desculpas



Era suposto os catálogos da Ikea serem iguais em todos os países. Mas o que está a ser distribuído na Arábia Saudita tem mais diferenças em relação aos outros para além de estar escrito em árabe e de ser folheado da esquerda para a direita: todas as mulheres foram apagadas das fotografias.

Quem percebeu estas diferenças foi a edição sueca do diário gratuito "Metro", que comparou as imagens do catálogo sueco, semelhante ao português, com as do catálogo saudita. Nalguns casos, percebe-se que as mulheres foram eliminadas das imagens com recurso a Photoshop, noutros as fotografias não existem sequer.

A notícia chocou a Suécia, a ponto de duas ministras terem reagido à notícia. A Ikea reconheceu que as mulheres da versão do seu catálogo distribuída na Arábia Saudita tinham sido de facto eliminadas. “Percebemos o problema e estamos em diálogo com o nosso franchisado saudita”, disse à AFP a porta-voz da Inter Ikea Systems, proprietária da marca Ikea.

Ulrika Englesson Sandman lembrou, porém, que quando o grupo entra num novo mercado tenta encontrar um equilíbrio entre os valores que defende e a cultura e a legislação locais.


“Francamente medieval”
Mas isso já não bastou para impedir as reacções vindas até do Governo sueco. “Francamente medieval!”, escreveu no Twitter a ministra dos Assuntos Europeus, Birgitta Ohlsson. A ministra do Comércio, Ewa Björling, emitiu mesmo um comunicado: “Suprimir ou apagar as mulheres da realidade é uma coisa que não se faz. Se a Arábia Saudita não autoriza que as mulheres sejam vistas, ouvidas ou que trabalhem, perde metade do seu capital intelectual.”

O grupo sueco viu-se então obrigado a pedir desculpas: “Deveríamos ter-nos dado conta de que excluir as mulheres da versão do catálogo da Arábia Saudita entra em conflito com os valores da Ikea”, disse, em declarações ao "Metro", Josefin Thorell, porta-voz do grupo. Na Ikea, 40% dos altos executivos são mulheres.

Na Arábia Saudita, onde a gigante sueca tem três lojas, as mulheres não se podem misturar com os homens, conduzir ou fazer coisas tão simples como uma reserva para um quarto de hotel se não estiverem acompanhadas de um homem da sua família.


FONTE: P3

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

«Sou vegetariana porque sou feminista»


«O feminismo ensinou-me a impor-me e a resistir a todas as formas de violência, crueldade, opressão, hierarquia, guerras, militarismos, sobre-exploração da natureza e discriminação. Ensinou-me a derrubar preconceitos, estereótipos e a reconhecer que à partida tudo, todos e todas somos merecedoras de consideração igual. Foi também o feminismo que me ensinou a posicionar-me perante a maior de todas as opressões: o especismo, e dentro dele a dupla opressão sobre animais fêmeas.

A exploração sobre animais fêmeas, em particular sobre vacas, galinhas ou porcas, implica actos de uma violência brutal como violações manuais ou mecânicas, exploração abusiva das suas glândulas mamárias (no caso dos mamíferos) e a separação imediata das suas crias após cada parto (depois da gravidez induzida através das técnicas de violação).A violação através de rape-rack, por exemplo, consiste em introduzir o braço do ou da inseminadora (violador/a) no recto até ao colo do útero para posiciona-lo e com a outra mão forçar a penetração do instrumento pela vagina.Durante a gravidez, passada em baterias minúsculas, as fêmeas pouco mais podem fazer para além de se baixarem ou levantarem. Após o parto, as suas crias são retiradas de imediato. Se forem machos, são fechados em caixas sem espaço para garantir que os seus músculos e articulações não se desenvolvem e que, então, partes dos seus corpos sejam vendidas como tenros vitelos ou leitões, se forem fêmeas, no caso das vacas, são preparadas para se tornarem vacas leiteiras e viverem uma vida de escravidão. Durante os 7 a 8 meses em que a vaca produz leite, as crias alimentar-se-iam de 5 a 7 vezes por dia. Uma fêmea explorada é obrigada a acumular e carregar cerca de 20 litros de leite todos os dias até que este lhe seja extraído, neste caso apenas uma ou duas vezes ao dia, provocando-lhe danos físicos e sofrimento intenso. Normalmente, e naturalmente, o tempo em que as as crias permanecem com as mães, e são amamentadas, pode ir até aos 9-12 meses de vida. No entanto, enquanto as pessoas consumirem produtos derivados do leite esse tempo é reduzido a minutos. As implicações psíquicas, emocionais e físicas impostas as esses animais durante todo o processo são imensuráveis.

O único período em que as fêmeas podem ter alguma paz e não verem os seus corpos constantemente explorados, acontece quando deixam de produzir leite mas o descanso dura pouco pois são de novo violadas para garantir que engravidam, voltando a ser mercadoria para a industria dos lacticínios. No caso das galinhas de aviário, que para si têm apenas espaço do tamanho de uma folha A4, o seu sistema reprodutor é manipulado através da luz e do alimento para que estejam constantemente a menstruar (pôr ovos).

O feminismo ensinou-me que não posso aceitar passivamente que retiremos o leite de uma mãe para seja mercantilizado ao mesmo tempo em que privamos uma cria do seu alimento devido, muito menos que consumamos e prolonguemos a existência de produtos resultantes de violações, maus-tratos, sofrimento, explorações e manipulações dos corpos e sistemas reprodutores.

Poderia eu ser feminista se ao mesmo tempo impedisse que animais fêmeas tivessem qualquer autonomia sobre os seus próprios corpos, indirectamente, explorando-as, oprimido-as, construindo hierarquias, e violentando-as física e emocionalmente?Ah! E a propósito do dia de hoje (4 de Outubro – Dia Internacional do Animal), o feminismo ensinou-me também que não se hierarquizam nem se invisibilizam lutas.»


Crónica da autoria de Cassilda Pascoal
FONTE: dezanove

sábado, 15 de setembro de 2012

Arábia Saudita quer regular desporto feminino, mas descarta mulheres nos Jogos Olímpicos


As mulheres sauditas ainda não podem conduzir e precisam da autorização de um homem da família para trabalhar, viajar ou abrir conta num banco, mas agora as autoridades admitem regularizar a prática desportiva feminina em clubes, apesar da oposição dos conservadores religiosos.

A edição de hoje do diário al-Watan avança que o Governo constituiu uma comissão para “pôr fim ao caos” na prática desportiva feminina no país, com o objectivo de regular os clubes e os ginásios já existentes.

“A comissão está focada em desenvolver um sistema para o funcionamento destes clubes”, disse Abdullah al-Zamil, um dos responsáveis máximos pela autoridade desportiva do Irão.

Hoje em dia, as mulheres podem praticar exercício físico em ginásios designados como “centros de saúde”, que geralmente têm mensalidades muito elevadas. As raparigas não podem praticar desporto nas escolas públicas, mas podem fazê-lo nas escolas privadas.

A Presidência Geral do Bem-estar da Juventude apenas regula a prática desportiva masculina e opõe-se à participação de mulheres na comitiva que a Arábia Saudita vai levar aos Jogos Olímpicos de Londres. Esta posição da autoridade desportiva do país levou a organização Human Rights Watch a pedir ao Comité Olímpico Internacional que proíba a Arábia Saudita de participar nos Jogos deste Verão, a não ser que aceite convocar uma mulher para a sua comitiva.

A principal candidata saudita a participar nos Jogos Olímpicos de Londres é a cavaleira Dalma Malhas, que esteve nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2010, que decorreram em Singapura, mas sem o apoio oficial do reino.

No início do mês, o líder da Presidência Geral do Bem-estar da Juventude disse que a Arábia Saudita não impedirá as suas cidadãs de competirem nos Jogos de Londres, mas frisou que o reino não dará o seu apoio oficial.

"Não apoiaremos nenhuma participação feminina saudita nos Jogos Olímpicos nem em outros torneios internacionais", disse o príncipe Nawaf bin Faisal, citado pelo jornal Al-Riyadh.

"A participação feminina saudita será de acordo com o desejo das estudantes e demais atletas que vivem no estrangeiro. Decidimos desta forma para garantir que a participação esteja dentro da estrutura apropriada e em conformidade com a sharia [a lei islâmica]", afirmou Nawaf bin Faisal.


FONTE: Público On-line

domingo, 19 de agosto de 2012

Recolhi algumas imagens para vocês


Madonna, Ellen Page, Kate Nash e Louise Brealey

são feministas e têm algo a dizer.

"Respondo que sou feminista quando as pessoas mo perguntam, e claro que sou porque tem a ver com igualdade e por isso espero que toda a gente seja feminista. Sabes que estás numa sociedade patriarcal quando a palavra «feminista» tem uma conotação estranha." - Ellen Page
"As raparigas podem usar calças de ganga e cortar o cabelo curto, usar t-shirts e botas porque não há problema em ser rapaz. Mas um rapaz ter aparência de rapariga é degradante porque vocês pensam que ser rapariga é degradante" - Madonna "What it feels like for a Girl" ["como é ser rapariga" *tradução livre*] (a citar "O Jardim de Cimento" de Ian McEwan's)

"Gostava que muitos dos homens que não se consideram feministas explicassem às mulheres da sua vida porque é que eles não acreditam que as mulheres merecem igualdade" - Louise Brealey
"FEMINISMO não é uma palavra porca/nogenta. Não significa que odeias homens, não significa que odeias raparigas com pernas bonitas e bronzeadas e não significa que és uma 'puta' ou 'fufa' [*tradução livre*]; significa que acreditas na igualdade" - Kate Nash.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pussy Riot, a banda punk da Rússia, feminista e de contestação política.


Pussy Riot denunciam “processo estalinista”, sentença é conhecida dia 17
As três activistas do colectivo russo Pussy Riot que estão a ser julgadas por terem cantado uma música anti-Putin numa catedral de Moscovo denunciaram um “processo estalinista”, no dia em que a juíza marcou a leitura da sentença para o final da próxima semana. 

"“O nosso lugar é em liberdade e não atrás das grades", disse Nadezhda Tolokonnikova

Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Maria Aliokhina, 24, e Iekaterina Samutsevich, 29, estão presas há cinco meses. O julgamento começou na semana passada e está a ser muito rápido, com a defesa a queixar-se de não conseguir chamar testemunhas e de ver as suas perguntas permanentemente rejeitadas pela juíza.

O processo é semelhante aos “das troikas da época de Estaline”, afirmou Nadezhda Tolokonnikova na sua última declaração, na audiência desta quarta-feira, mencionando os julgamentos arbitrários e rápidos da era estalinista, com condenações a anos em campos de trabalho ou mesmo à morte.

“O nosso lugar é em liberdade e não atrás das grades”, disse Tolokonnikova, que usava uma t-shirt com um punho fechado e a palavra de ordem "No pasarán!". 

Houve “uma ordem política” para o castigo, acusou. “As Pussy Riot são alunas e descendentes de dissidentes”, sublinhou – a acusação tem ignorado o elemento de protesto político e acusado as activistas de um crime de ódio religioso, pedindo três anos de prisão.


Processo de 3 semanas
A sentença será conhecida na próxima sexta-feira, dia 17 de Agosto, anunciou entretanto a juíza, isto para um processo que começou na segunda-feira passada, dia 30 de Julho.

apoio às activistas tem vindo de muitos artistas internacionais, a mais recente Yoko Ono, e de políticos, os últimos foram 120 deputados do Parlamento alemão e o ministro checo dos Negócios Estrangeiros. O diário russo Kommersant estima mesmo que “a multiplicação de críticas ao processo Pussy Riot pelos Estados Unidos e União Europeia poderá ser uma das principais causas de irritação entre o Ocidente e a Rússia”, e prejudicar as tentativas do Kremlin melhorar a imagem da Rússia no estrangeiro.

Na Rússia, especula-se que as Pussy Riot possam ser condenadas a menos de três anos de prisão. “A pena deverá incluir provavelmente a detenção provisória e será um pouco superior”, disse uma fonte do parlamento ao diário russo. “Seria absurdo libertá-.las imediatamente à saída do tribunal”, defendeu.


FONTE; Público On-line



Russo coseu os lábios em protesto contra julgamento de banda punk


O pintor Pyotr Pavlensky decidiu coser os lábios em protesto contra a prisão e julgamento das Pussy Riot, banda feminina de punk. Protesto aconteceu em São Petersburgo



Durante várias horas, nesta segunda-feira, 23 de Julho, Pyotr Pavlensky manteve-se em frente à Catedral de Kazan, em São Petersburgo, na Rússia, com os lábios cosidos e um cartaz nas mãos. Só abandonou o seu lugar quando foi levado para as urgências do hospital mais próximo, de onde saiu pouco depois já sem os pontos, diz o RIA Novosti.

Neste protesto no singular, o pintor russo quis chamar a atenção para o caso das três jovens músicas pertencentes à banda de punk Pussy Riot, detidas desde 21 de Fevereiro. Nadezhda Tolokonnikova, de 23 anos, Maria Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 29, foram presas quando actuavam, alegadamente sem autorização, na Catedral do Cristo Salvador, uma das maiores de Moscovo.

“Maria, mãe de Deus, livra-nos de Putin!” é o nome da “oração punk” que a banda entoava e que foi o mote para a sua detenção. As Pussy Riot manifestavam-se, assim, contra o apoio da Igreja à campanha eleitoral de Vladimir Putin, eleito presidente em Março.

[...]

Ainda de acordo com o RIA Novosti, a quem Pyotr Pavlensky falou depois de ter deixado o hospital, o pintor alega que a prisão das Pussy Riot “contradiz os valores cristãos fundamentais, uma vez que a performance escandalosa do grupo na Catedral do Cristo Salvador foi uma recriação da ‘limpeza do templo’ de Jesus Cristo (Mateus, 21:12-13)”.




A performance de Pavlensky demonstrou
, segundo declarações do próprio, “a repressão da liberdade de expressão por parte do governo e a crescente censura na arte e nos média na Rússia”.


FONTE: P3 - Público On-line



Os apoiantes do grupo disseram que este será um julgamento com motivos políticos, devido à letra e à acção. A banda, que se chama Pussy Riot, foi acusada de vandalismo e de "actos de ódio religioso" na catedral mas também na Praça Vermelha onde deram um concerto não autorizado que fez parte de uma manifestação anti-Putin. Na manifestação, à medida que cantavam, as mulheres foram retirando a roupa, acabando em lingerie.


FONTE: P3 - Público On-line



Movimento de apoio internacional:

domingo, 15 de julho de 2012

IVG e taxas moderadoras – da demagogia sobre o espírito da lei


A IVG não é um ato médico como outro qualquer. Gostava de saber quem é a Teresa Caieiro ou quem quer que seja para julgar a complexidade da “reincidência”.


Mais uma demagogia. Não tem nada a ver com o enriquecimento ilícito? Tem. Tudo. Gritar bem alto sobre os poderosos que não vão presos, porque têm advogados caríssimos, porque recorrem, recorrem, esses malandros cheios de dinheiro. Dizer ao povo zangado que só há uma maneira de combater este absurdo, criar um crime que dispense a prova, que dispense a chatice do Estado de direito, mas que acalme em dias tanto sangue nas nossas gargantas zangadas.

Não tem nada a ver com a ainda mal explicada criação de dados com registos de pessoas condenadas por crimes de abuso sexual de menores e sua disponibilização não apenas às autoridades policiais mas eventualmente a escola e a vizinhanças e, portanto, ao "Correio da Manhã"? Tem. Tudo. Nos crimes que mais comoções provocam e que, por isso mesmo, mais convocam a razão de ser da invenção do Estado moderno ocidental, eis que o Governo dá de comer à fome natural de vingança e prevenções privadas (no meu prédio não, aqui não, vizinhos organizados). Pelo meio o risco monstruoso de linchamento moral ou físico de inocentes. Pelo meio uma ministra que diz estar em causa o “interesse das crianças”, uma jurista que não vê nenhum direito constitucional concorrente no assunto.

Com que então, como diz Teresa Caeiro, taxas moderadoras na IVG, porque se trata de um ato médico qualquer. É inocente, este erro? Não. Nada tem a ver com a exploração emocional da crise em prejuízo dos princípios jurídicos que regem o enquadramento da IVG? Tem. Tudo. A direita sobe as taxas moderadoras, sobe o preço dos transportes, faz do direito à saúde uma conquista diária em retrocesso e agora diz a milhares de pessoas, com doenças graves sujeitas a dificuldades financeiras insuportáveis, esta coisinha: - então e a IVG é à borla? Mesmo que uma mulher seja reincidente? Sim, essas que já se está a ver usam a IVG como um contracetivo!


É insuportável ver a direita a mover-se pela força da demagogia



A IVG não é um ato médico como outro qualquer.

Gostava de saber quem é a Teresa Caieiro ou quem quer que seja para julgar a complexidade da “reincidência”. Gostava de saber o que tem a deputada a dizer de uma mulher que engravida uma vez porque o contracetivo falha e outra por efeito de interação medicamentosa, por exemplo. Ou por tantas e tantas circunstâncias.
Quanto à prova de insuficiência económica para que uma mulher não pague taxas moderadoras, como não dar cabo do espírito da lei? Dando exemplos: se a lei protege a liberdade e a confidencialidade íntima da mulher, como pode uma rapariga de 16 anos, dependente dos pais, fazer aquela prova se não quer, no seu direito, dar conta do facto? Se uma mulher casada ou em união de facto que, por razões íntimas, decide realizar uma IVG sem o conhecimento do parceiro, mas depende do mesmo economicamente, como faz a prova de insuficiência económica?

Quanto à reincidência, se eu interromper uma gravidez no hospital y e depois interromper outra no hospital x, não sendo possível fazerem um registo do meu ato, como é que a Teresa Caeiro me persegue
perguntando-me, a menos que eu me explique num confessionário aberto, como raio engravidei duas vezes e duas vezes perante um cinema esgotado fui fazer uma IVG?

Respeitar a lei é respeitar a sua letra e o seu espírito. Ou era.


Crítica de Isabel Moreira.
FONTE: P3 - Público On-line

domingo, 1 de julho de 2012

Katy Perry - Wide Awake - (vídeo e música)


Porque nem todas as mulheres procuram um príncipe encantado. 



sábado, 30 de junho de 2012

As SlutWalks estão de volta: porque sair à rua de mini-saia não é um convite à violação


As galdérias marcham sábado e domingo no Porto e em Lisboa. Pela dignidade humana, contra a "rape culture".

[...]

Sem "dresscode", do Porto a Lisboa

Os objectivos são os mesmos, mas, este ano, o discurso "está mais refinado e mais inclusivo". Não há aqui "dresscode", atenção. As pessoas são convidadas a vestirem-se como querem, desnudadas ou não, "mais ou menos galdérias". "A ideia não é 'vamos fazer uma marcha estranha, vestidos de forma estranha' para chocar as pessoas. Este choque, quando aparece, é uma espécie de convite para que as pessoas se perguntem o que é convencional, se vermos uma mulher de mini-saia é realmente chocante."

Antes do protesto, há que ganhar energias. Por isso, no Porto a marcha é antecedida por um "piquenique galdério". O ponto de encontro é na Praça dos Leões, às 19h de sábado, 30 de Junho. O convívio tem um propósito: conversar, fazer cartazes e também "atingir uma faixa mais nova e também famílias", ressalva a organização. "Temos tido 'feedback' de mães que querem levar as filhas de oito ou dez anos para que elas ganham a noção do direito que têm de viver no espaço público como querem."

Segue-se a marcha propriamente dita, com partida marcada para as 22h no mesmo local. Até ao término na Praça D. Filipa de Lencastre, passa pela Praça Guilherme Gomes Fernandes, Rua Galeria de Paris e Rua Cândido dos Reis.

Em Lisboa, o protesto está marcado para domingo, 1 de Julho, às 15h. Começa no Largo de Camões e atravessa a Baixa até ao Martim Moniz. A organização espera centenas de pessoas nas duas marchas, mas, também por ter sido organizado principalmente via Facebook, prefere não precisar números.


FONTE: P3 - Público On-Line


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quatro queixas de violência doméstica por hora apresentadas às autoridades


O Observatório de Mulheres Assassinadas registou em 2011 em Portugal o homicídio de 27 pessoas num contexto de conjugalidade e relações de intimidade, mas as queixas de violência doméstica apresentadas às autoridades são, em média, de quatro por hora.

O observatório, que faz a contabilização das vítimas a partir das notícias da imprensa, conclui que, apesar de ter havido uma diminuição no número de homicídios identificados relativamente a 2010 (43), em mais de metade deles, e das tentativas registadas, "existia violência na relação e algumas das situações haviam mesmo sido reportadas às entidades competentes".

Constituído em 2004 como grupo de trabalho da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, o observatório revela que neste período 245 mulheres foram mortas por homens com quem tinham, ou tiveram, uma relação amorosa. Mas se juntar a esse número a violência intra-familiar, os assassinatos de mulheres sobem para 278.

Segundo o relatório de monitorização da violência doméstica da Direcção Geral da Administração Interna (DGAI), no primeiro semestre de 2011 foram registadas pelas forças de segurança 14.508 queixas, o que correspondeu a uma diminuição de 4,6 por cento relativamente ao período homólogo de 2010.

Em todo o ano de 2010 - segundo a DGAI - a violência doméstica constituiu a terceira tipologia criminal mais participada em Portugal (a seguir a "outros furtos" e a "furto em veículo motorizado"), representando 7,3 por cento do total das participações à GNR, PSP e PJ.

Nesse ano foram registadas 31.235 participações de violência doméstica pelas forças de segurança, correspondendo, em média, a 2.603 participações por mês, 86 por dia e a quatro por hora.

Quanto às 58 sentenças em processos-crime por violência doméstica comunicadas à DGAI no primeiro trimestre de 2011, 52 por cento foram absolvições e 48 por cento condenações, mas entre as penas aplicadas apenas seis por cento foram de prisão efetiva.

Segundo dados do Ministério da Justiça fornecidos aos investigadores do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que realizaram o estudo "Trajectórias de Esperança: itinerários institucionais de mulheres vítimas de violência doméstica", a pena mais aplicada nestes casos continua a ser a pena de prisão suspensa simples (em 2000, esta pena representou 92 por cento das penas aplicadas e, em 2009, 38 por cento).

"Esta pena, por não implicar qualquer dever de sujeição ou regra de conduta por parte do arguido, conduz, para grande parte das pessoas entrevistadas no estudo, a um certo sentimento de impunidade que tem consequências naquele conflito específico, com o agressor a sentir que não lhe foi aplicada qualquer pena", concluem os investigadores.

Em 2011 a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou um total de 19.944 factos criminosos que se refletiram em 8.192 processos de apoio relativos à problemática de violência doméstica.

Segundo o relatório da APAV, a que a agência Lusa teve acesso, o autor do crime foi, em 83 por cento dos processos de apoio, do sexo masculino, e situava-se predominantemente na faixa etária entre os 35 e os 40 anos.


FONTE: Jornal de Notícias On-Line.

SLUTWALK - A Crónica de Daniel Cardoso (P3)


As galdérias (também) marcham

Esta marcha não é só para quem se identifica como "slut", galdéria, puta, fácil, badalhoca. É para quem se identifica com a luta contra a discriminação e violência de sexo e género, contra a culpabilização das vítimas dessa violência

Sou activista. Sou feminista.

No ano passado, um polícia de Toronto aconselhou um grupo de mulheres a não se vestirem de forma “slutty” para não serem violadas. A consternação que isso gerou resultou em muitas SlutWalks por todo o mundo. Eu estive na de Lisboa, com muitas outras pessoas — mulheres, homens, e não só — de várias nacionalidades, etnias, raças, religiões e configurações corporais, e este ano marcharemos pela segunda vez.

Há quem diga que “puta”, “galdéria”, “fácil” e “desavergonhada” (possíveis traduções para a palavra "slut") são e serão sempre insultos. Sim, são insultos: vindos de quem acha que tem o direito de julgar a forma como as mulheres andam vestidas, de as culpabilizar pela forma como se comportam, de quem acredita realmente que se as mulheres se vestirem desta ou daquela maneira vão deixar de ser violadas.

Só que as palavras (e os seus significados) não são escritas em pedra. As palavras são fluidas. E se há uma coisa que os movimentos LGBT nos têm ensinado ao longo dos anos, é que os insultos podem ser reapropriados. “Gay” e “queer” são talvez os dois exemplos mais famosos: insultos reapropriados, palavras para as quais se construíram novos significados.

As galdérias fazem o mesmo. Se uma mulher é chamada de “galdéria” por usar mini-saia, pintar os lábios ou até mesmo por querer fazer sexo com uma pessoa mas não com outra, então “galdéria” não descreve realmente nada. Invertamos então os factores: se eu me chamar a mim mesmo “galdéria” por afirmar a minha auto-determinação como pessoa com um corpo que é meu, ou por considerar que tenho o direito a vestir-me das mais variadas formas sem ser alvo de agressão por isso – continuo sem descrever um comportamento objectivo, mas transformei o insulto em orgulho.


Operação por frustração: se aquilo com que me querem insultar é motivo de orgulho, como é que o insulto me insulta?

Agora, uma importante ressalva: não é com um passe de mágica que os insultos deixam de magoar. Não é por haver esta reapropriação que os insultos deixam de pretender magoar. E é essa pretensão que tem que acabar, porque ser-se "slut" (na nossa acepção) não tem nada de mal. Ao mesmo tempo, convém não esquecer que nem todas as pessoas são insultadas desta maneira, ou têm a liberdade de conseguir responder desta forma. Reconheço, como homem branco de classe média e educação superior, que estou a falar a partir de uma posição privilegiada. E que quem marcha ao meu lado também poderá ter parte dessas posições, ou outras — ao mesmo tempo que também tem muitíssimas posições de falta de privilégio.

Por isso, esta marcha não é só para quem se identifica como "slut", galdéria, puta, fácil, badalhoca. É para quem se identifica com a luta contra a discriminação e violência de sexo e género, contra a culpabilização das vítimas dessa violência. Esta marcha é para quem acha que as mulheres, os homens, e as pessoas de outros géneros devem ter a liberdade de ser "sluts".

Porque "não" é "não" e, se/quando for “sim”, avisamos.


Daniel CardosoFonte: P3 - Público On-line

SLUTWALK 2012 - Porto e Lisboa


30 de JUNHO de 2012 no Porto:

Imagem


«Slutwalk Porto, marcha das galdérias, um movimento pela autodeterminação sexual, pessoal e sexualidade afirmativa, pelo retomar dos direitos sobre o próprio corpo, pela ocupação livre do espaço público pelas mulheres e término da rape culture e culpabilização das vítimas.

Nascido em Toronto, após um elemento da polícia se ter referido a casos de violações como culpa das vítimas, devendo estas usarem decotes mais pequenos e saias mais compridas, usa o termo Slut, Galdéria, vadia, como nomeação de poder que alerta para esta necessidade de educar para o respeito, de focar a educação masculina na não violação.

Pede um focar nos culpados e não nas vítimas, alerta e consciencializa para os casos de assédio e para a perda de espaço público sofrida pelas mulheres enquanto se continua a estimular uma cultura de medo.

Não é Não, sempre que for dito.»

(mais informações aqui.)
Fonte: Slutwalk Porto.
1 de JULHO de 2012 em LISBOA:



« [...] As pessoas envolvidas na SlutWalk são feministas – mulheres, trans*, homens, genderqueer, entre outras identidades. O feminismo não trata apenas de ‘direitos das mulheres’, trata da dignidade humana para todas as pessoas, independentemente do seu sexo ou género. É essa dignidade que é violada quando se culpam as vítimas de violência sexual e de género, quando se atacam pessoas por aquilo que elas fazem com o seu próprio corpo, tempo, roupa, palavras e atitudes.

Convém, no entanto, não esquecer que as mulheres* são ainda as mais claramente visadas pela violência de género: em 2011, mais de meia centena de mulheres foram vítimas de homicídio ou tentativa de homicídio por parte de companheirxs ou esposxs (dados da UMAR) e 40% das mulheres com mais de 60 anos também é alvo de abusos (dados da Univ. do Minho). O corpo de qualquer pessoa deve ser propriedade da própria pessoa. Recusamos a existência de proprietários de primeira (geralmente, homens), de segunda (geralmente, mulheres) e de terceira (geralmente, pessoas trans*).

Se SLUT – galdéria, desavergonhada, puta, descarada, vadia, badalhoca, fácil – é uma pessoa que decide sobre o seu corpo, sobre a sua sexualidade, e que procura prazer (nas suas várias formas), então, somos SLUTs, sim!

Não queremos piropos sexistas, não queremos paternalismo, não queremos violência sexual. Dizemos não, por mais cidadania. Dizemos não, por mais democracia. Dizemos não, pela possibilidade de todas as pessoas poderem habitar os espaços públicos e privados em igual segurança, com igual respeito. Dizemos não à dominação patriarcal do espaço físico onde as mulheres* se movimentam. Dizemos não, por mais liberdade.»



(mais informações aqui.)
Fonte: Slutwalk Lisboa.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Governo alemão quer dar incentivos a pais que cuidem dos filhos em casa


A ideia da "mulher doméstica" não seria "bem aceite" em Portugal, segundo as conclusões dos estudos disponíveis, considera a socióloga Sofia Aboim.


As famílias alemãs que cuidem dos filhos em casa e não os coloquem em infantários ou outros locais, obterão um subsídio do Estado a partir de 2013: 100 euros por cada filho entre os 13 e os 24 meses. A partir de 2014, esse subsídio aumentará para 150 euros mensais por cada filho no seu segundo ou terceiro ano de vida. É o que estipula um projecto lei que o Conselho de Ministros enviou para o Parlamento alemão.

Em Portugal, os estudos disponíveis indicam que uma medida semelhante “não seria muito bem recebida”, diz a socióloga Sofia Aboim do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Em declarações ao PÚBLICO, esta investigadora nota que “a ideia da mulher doméstica” já não é “bem aceite” pela mulher portuguesa. O trabalho pago “foi algo incorporado pelas mulheres portuguesas e revela-se extremamente importante como meio da sua autonomia”, diz.

Frisando a diferença comparativamente à realidade alemã em que “a tradição é o incentivo da permanência da mulher em casa em vez do aumento dos equipamentos”, os portugueses, à semelhança dos escandinavos, dão mais ênfase à igualdade do género na inserção do mercado de trabalho”, refere Sofia Aboim, salientando ainda que, no âmbito das políticas públicas, se têm registado “bastantes progressos” em Portugal, como a possibilidade dos homens também poderem gozar a licença de maternidade

Na Alemanha, o anúncio das medidas de incentivo à educação das crianças em casa nos primeiros anos, foi recebido com reservas por parte de alguns sectores. Uma das principais críticas aponta o gasto público decidido por um Governo defensor da austeridade. A administração federal pagará 300 milhões de euros em 2013 e 1 100 euros em 2014.

A este motivo junta-se ainda o incentivo às mães alemãs para ficar em casa em vez de ir trabalhar fora.

Prevê-se que o projecto lei enviado para o Parlamento, deverá contar com a resistência da oposição e eventualmente também de alguns deputados da União Democrata Cristão da chanceler Ângela Merkel.

Os sindicatos da oposição acusam Merkel de "compadrio" ao desviar atenção e dinheiro das necessidades reais nas escolas públicas.

O Partido Social Democrata quer suspender a nova lei. A ministra da Família, Kristina Schröder (CDU) considera que esta legislação não é incompatível com a promoção dos jardins de infância alemães.

De acordo com as estimativas dos municípios alemães, no país há um défice de cerca de 160 000 lugares públicos para as crianças mais pequenas. Para o líder parlamentar dos Verdes, Renate Künast, o governo "agiu de acordo com uma ideologia, independentemente dos problemas das pessoas."


FONTE: Público On-line

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Rita Lee - As Loucas (música e letra)


Eles amam as loucas
Mas se casam com outras
Eles amam as loucas
Mas se casam com outras

Loucas fatais, loucas de pedra
Loucas varridas, loucas fodidas
Loucas molhadas, loucas taradas
Loucas fetiche, loucas de haxixe

Eles amam as loucas
Mas se casam com outras
Eles amam as loucas
Mas se casam com outras

Para o jantar, as educadas
Para o noivado, as comportadas
Para um negócio, as poucas
Para uma sacanagem, as loucas
Eles amam as loucas
As loucas, eles amam as loucas

As loucas, eles amam as loucas
Mas se casam com outras
Eles amam as loucas
Mas se casam com outras



terça-feira, 1 de maio de 2012

um pouco mais de humor feminista

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Primeiro casamento infantil anulado por mútuo consentimento na Índia


Os casamentos de crianças são ilícitos na Índia desde 1929, mas a realidade ultrapassa ostensivamente a legislação: 40% deste tipo de matrimónios acontecem naquele país. É uma prática comum, enraizada. Nesta quarta-feira, no entanto, aconteceu algo inesperado: uma jovem conseguiu anular o seu casamento de infância, no Rajastão. O caso é ímpar.
Laxmi Sargara, à saída do notário onde assinou o anulamento do casamento com Rakesh


Laxmi Sargara tem 18 anos e não sabia que estava casada, até que muito recentemente a família do noivo esteve em sua casa para a levar para a sua nova vida. A rapariga recusou ir com os “sogros” e, depois de a sua própria família lhe ter dito que a sua obrigação era honrar o compromisso assumido quando tinha apenas um ano, decidiu procurar ajuda.

“Eu estava infeliz com o casamento. Disse isso aos meus pais, que não concordaram comigo, e então fui procurar ajuda”, contou Laxmi Sargara, à AFP. A jovem dirigiu-se à Sarathi Trust, uma organização não-governamental (ONG) a operar em Jodhpur, no Rajastão, que se prontificou a intervir no processo e a falar directamente com o noivo – Rakesh, de 20 anos.

“Ela ficou deprimida. Não gostava do rapaz e não estava preparada para aceitar a decisão dos pais”, disse à mesma agência Kriti Bharti, daquela ONG. Rakesh, condutor de maquinaria pesada de construção, queria manter o matrimónio a início. Mas acabou por ceder depois de conversar com os responsáveis da Sarathi Trust – que também falaram com as famílias.

“É o primeiro exemplo de que tenhamos conhecimento de duas pessoas casadas na infância a querer anular o casamento e esperamos que se sintam inspirados por ele”, acrescentou Kriti Bharti. O que por norma acontece é a recusa de um dos elementos dos jovens casais a manter os compromissos firmados pelas respectivas famílias.

Embora os casamentos na infância sejam proibidos na Índia desde 1929, a prática continua a ser comum em várias partes do país. Sobretudo nas zonas rurais ou em comunidades pobres. Os dados da Unicef dizem que 40% dos casos de todo o mundo deste tipo de matrimónio se passam na Índia. Segundo as conclusões de um inquérito local citado pela BBC, no Rajastão uma em cada dez mulheres é casada antes de ter 18 anos.

Nesta quarta-feira, Laxmi e Rakesh foram a um notário público de Jodhpur e, ao contrário do que se poderia pensar dada a idade do casal – 18 e 20 anos, respectivamente –, o que foram fazer foi assinar, sob juramento, uma declaração de anulamento do casamento e o considerar sem efeito. A iniciativa de o fazer foi também da Sarathi Trust, para assegurar que o futuro de Laxmi não está à mercê de uma mudança de ideias das famílias envolvidas ou do antigo noivo.


FONTE: Público On-Line

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O que é o Stalking - uma perspectiva humorística

“Stalking”: que ninguém fique de braços cruzados


O facto de o "stalking" estar ausente, “preto no branco”, na legislação penal portuguesa, não implica necessariamente que seja necessário consagrá-lo como um tipo especial de crime

O fenómeno ainda não tem enquadramento legal na legislação portuguesa, mas isso não significa que o perigo não espreite à curta distância de um clique no computador, de uma carta ou de um telefonema. Com a agravante de as autoridades policiais sentirem algumas (para não dizer muitas) dificuldades de controlo.

O “stalking” existe em Portugal, mas o facto de estar ausente, “preto no branco”, na legislação penal portuguesa, não implica necessariamente que seja necessário consagrá-lo como um tipo especial de crime.

Os tipos de crime de que já dispomos – enquadrando neles cada comportamento, em função do caso concreto, nas previsões penais de ameaça, coação, devassa da vida privada, entre outros – serão, à partida, suficientes.

Por isso, ao contrário do que é sugerido pela investigadora Marlene Matos, da Universidade do Minho, autora de um estudo sobre o “stalking”, não creio que seja forçoso ou, pelo menos, urgente, ampliar o leque de tipos de crime constantes na parte especial do nosso Código Penal. Isto sob pena de termos apenas mais uma norma, sem efeito prático relevante, com as inevitáveis críticas ao sistema legal português, muitas vezes acusado de ser prolixo e, apesar disso, ineficaz.

É certo que, em alguns países da Europa, este tipo de crime está especificamente previsto, e que, em Portugal, tem vindo a aumentar o número de participações às autoridades policiais.

Ponto essencial é que o centro desta questão seja sempre a vítima de “stalking”, apostando-se nos meios que as várias entidades – que lidam com este género de ofensas à integridade mental e física – têm ao seu dispor para forçar os agressores a manter a devida distância, seja ela física ou virtual.

Convém referir aqui o facto de que, segundo o estudo já mencionado, apenas 26 por cento das vítimas tomaram, como primeira opção, o recurso às forças de segurança, o que acaba por ser revelador do relativo desconhecimento da lei, por parte dos cidadãos vítimas de “stalking”.

Isto é, talvez seja necessário, isso sim, agir mais a montante do que a jusante, informando as pessoas acerca de como proceder nestes casos. Se, numa primeira fase, as denúncias podem ter poucos efeitos práticos, acredito que, se vierem a público os verdadeiros números de vítimas de “stalking”, é bem possível que o país acorde para essa realidade e a ela reaja.


Pedro Botelho
FONTE: P3

A mulher chegou ao Rap



Maria Capaz - Capicua


sábado, 14 de abril de 2012

Pagu - Rita Lee (letra e vídeo ao vivo)


Ao vivo, Rita Lee com Zélia Duncan:



Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Uh! Uh! Uh! Uh!...

Eu sou pau prá toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum! Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta

Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem

Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...

Ratatá! Ratatá! Ratatá!
Taratá! Taratá!...

Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hanhan! Ah! Hanran!
Uh! Uh!
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria Ninguém
Uh! Uh!...

Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima

Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...

Nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...(2x)

Ratatá! Ratatatá
Hiii! Ratatá
Taratá! Taratá!...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fight like a girl (música e letra)


A música e letra são de Emilie Autumn, assumida e claramente feminista. Não se deixem enganar pela agressividade das palavras. Feminismo não se trata de "vingança". Vejam isto como figurativo.




My heart is a weapon of war
My voice is my weapon of choice
An eye for an eye
A heart for a heart
A soul for a soul
We fight for the dream
We fight to the death
We fight for control

For there is no such thing as justice,
All the best that we can hope for is revenge:

A hostile takeover,
An absolute rebellion to the end.
This is our battle cry
I'm giving you a head start,
You're going to need it,
'cause I fight like a girl

I'll get my revenge on the world or at least 49% of the people in it
And if I end up with blood on my hands,
Well, I know that you'll understand,
'cause I fight like a girl.


We are under attack
What is the body count? I've lost track
If nobody's mentioned how this will end, then I'll be the first
There are more of us than there are of you, so show me your worst

For there is no such thing as justice,
All the best that we can hope for is revenge:

A hostile takeover,
An absolute rebellion to the end.
This is our battle cry
I'm giving you a head start,
You're going to need it,
'cause I fight like a girl


I'll get my revenge on the world or at least 49% of the people in it
And if I end up with blood on my hands,
Well, I know that you'll understand,
'cause I fight like a girl.

It's so easy to kill,
This I learned by watching you

If I have to, I will,
It's not pretty but it's true
I am through lying still,
Just a body to be
Beaten, fucked, and if i'm lucky, left for dead,

So who's scary now?


No mercy, it's a bit too late,
The game is on don't run, don't hide, don't wait
'cause if we've got no honor,
Then we've got no shame,
If it's in self-defense,
Then we will take no blame


This is our battlecry
Even if you're only a boy,
You can
Fight like a girl!

I'll get my revenge on the world or at least 49% of the people in it,
And if I end up with blood on my hands
Well, I know, that you'll understand,
'Cause I fight like a girl.

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Caso continuem a achar, pela letra, que esta mulher que o extremínio dos homens, deixo-vos alguns dos comentários mais inteligentes do youtube sobre o assunto:

magpiesdream - To all of you who're calling this song "sexist": According to the Department of Justice, 1 in every 4 women will be sexually assaulted. (And those statistics only include assaults made it to court.) We live in a rape culture, where victim blaming and slut shaming are the norm. Most of our pop culture perpetuates this culture of degradation and dehumanization of women. So I'm psyched to hear a song that works to dismantle hegemony! 

TanithUndomielDarko - Just to settle this 'sexist' argument once and for all- when I was at the meet & greet, there was only one male VIP there. I heard two other girls whispering that EA was gonna treat him bad, but she didn't. She hugged him tight and kept telling him how pleased she was that he was there. She treated him the same as everybody else.

kikyoslovergirl - .. emilie tells the guys during the concert that they can fight like a girl too.. she's just turning something previously bad into a good thing and she's not saying destroy me. just destroy the shitty one.s 

DavidDecapitation - It's more along the lines of glorifying women using concepts that were formerly used to ridicule them (hence the title of the song). The parts regarding men aren't so much "destroy men because they're men," it's more like "empower women because they're women." Savvy? 

RachaelSummerr - Emilie has been raped and abused and stalked from when she only a small child, she's grown up with only knowing the horrible side of men, but it doesn't mean she is sexist [...] You have to know what she's been through to truly understand her songs.

23sherlock - what she is reffering to is the idea that women should stop taking so mcuh punishment and abuse from people which are essentialy cowards. [...] no rules IN SELF DEFENCE, against people she would consider evil, rapists and the such like. to me she is making a point, when it comes to self defence against "evil people" their are no rules. 

echocrush - ‘Cause I fight like a girl (and equally like a boy) I’ll get my revenge on the world (except those who didn't hurt me) Or at least forty-nine percent of the people in it (not counting those who are victims too) And if I end up with blood on my hands (or perhaps another life giving substance) Well I know that you’ll understand (but probably wont ‘Cause I fight like a girl (or an equally strong male human). just doesn't have quite the same effect artistically...

iKittumsrawr - She also says Even if you're a boy you can fight like a girl haha. Couldn't that be taken as her putting both genders in an equal presence?

sábado, 31 de março de 2012

Querem rir-se? Muito? - O feminismo visto por um padre

Perante isto nem sei se rir ou se chorar... é verdadeiramente lamentável. Do início ao fim, cheio das ideias mais improváveis de serem expostas no século XXI. Senhor padre, século XXI. hum? sim?


47 - Parresía: Feminismo, o maior inimigo das mulheres




FONTE: Blogue A Funda São
sugestao de: anónimo.



No youtube este vídeo ainda se faz acompanhar do seguinte texto:

Carregado por padrepauloricardo em 03/02/2012

« A sociedade moderna está mergulhada no conceito de igualdade. Cada vez mais luta-se para equiparar o homem à mulher e vice-versa. Se a igualdade pretendida fosse em relação aos direitos civis, cuja necessidade é inegável, não seria, de fato, um problema. Porém, o que acontece é que esta sociedade moderna, eivada do relativismo cultural, quer é transformar a mulher no novo homem e o homem na nova mulher, invertendo e pervertendo os valores mais elementares.

Deus criou o homem e a mulher em igual dignidade, mas quis que houvesse uma diferença entre os dois gêneros.
Esta diferença em "ser homem" e "ser mulher" faz com que exista uma complementariedade entre eles. Foram criados por Deus para formarem um conjunto, não um se sobrepondo ao outro, mas em perfeita sintonia um com outro. Lutar contra esse projeto, fazendo com que a mulher tente, por todos os meios, ocupar o lugar do homem é lutar diretamente contra o projeto de Deus, contra a natureza humana.

A liberação sexual promovida pelos métodos anticoncepcionais, longe de trazer a sensação de igualdade entre o homem e mulher, transformou a mulher numa máquina de prazer
, pois agora ela sabe que pode ter uma vida sexual ativa sem a consequente gravidez. Não precisa ter compromisso com o parceiro, não precisa sentir-se segura ou amada. Ledo engano. O que se vê são cada vez mais mulheres frustradas, depressivas, olhando para trás e percebendo que estão vazias, correndo contra o tempo para manterem-se jovens, pois nada mais têm a oferecer que não o invólucro.

A liberdade da mulher, na verdade, transformou-se numa prisão. Hoje, elas se vêem presas a estereótipos ditados pela agenda feminista, cujo maior objetivo é destruir a essência da mulher, igualando-a ao homem. Transformando seus úteros em lugares estéreis e varrendo para debaixo do tapete o instinto natural da espécie: a maternidade.

Portanto, urge que cada mulher, criada à semelhança de Deus, recupere o seu lugar na Criação. Que a mulher seja mulher em toda sua plenitude!! »


O que dizer? a nossa prisão és tu
e aqueles que seguem o que ditas?

De que serve ser-se um homem de Deus na realidade? Apenas fazem uso da autoridade que lhes é dada para interpretarem o mundo à sua maneira. Isto é, reinterpretam o mundo, segundo a sua própria interpretação da bíblia (de uma forma tão egoista quanto possível) e influenciam os outros a interpretarem-na da mesma forma.

Há uma palavra para definir o seu comportamento:

MANIPULAÇÃO.



O que é que se passa aqui?


Os Maridos Das Outras - Miguel Araújo Jorge


Comentários?



sexta-feira, 30 de março de 2012

Vítimas de Stalking - o blog





«Segundo um estudo recente da Universidade do Minho, quase 20% dos portugueses já foi vítima de stalking, ou seja de assédio persistente. Um fenómeno que é considerado crime em vários países mas que em Portugal ainda não existe para a lei.

A Grande Reportagem deste domingo conta-lhe a história de mulheres e homens que viram as suas vidas transformarem-se num verdadeiro inferno,às mãos de um perseguidor.

“Perseguidos” é uma reportagem da jornalista Cristina Boavida, com imagem de José Eduardo Zuzarte e edição de imagem de Rui Rocha.»


 A REPORTAGEM DA SIC pode ser vista no seguinte endereço: SIC Notícias.


FONTE: sic on-line.



Mais informações podem ser encontradas no site Trust Your Instinct.


Por cá, interessados sobre o tema ou vítimas de stalker podem sentir-se bem-vindos no blogue Vítimas de Stalking, mantido por Maria João Costa (jornalista com formação jurídica e dirigente da chancela Livros d Hoje, grupo Leya), desde Novembro de 2011. Lá são expostos depoimentos de vítimas dos mais variadíssimos tipos de stalking e sobretudo é uma forte frente de combate contra esta agressão legal. Podem também gostar da página de facebook para mais notícias sobre o stalking.




Aqui deixo excertos de um post da Maria João Costa:

Vou rezar para que o "monstro" não acorde...

Há anos que falo sobre «stalking». E há anos que me perguntam do que estou a falar?! Por mais estranho que pareça, a verdade é que a maioria das pessoas não sabe à primeira a que me refiro quando uso este termo. Experimente perguntar aos seus amigos e comprove. Vai ver que dizem qualquer coisa do género: "stal quê?" E o que retirar destas reacções que não, simplesmente, o tema ser desconhecido para a generalidade das pessoas, apesar do número de vítimas ser enorme e não parar de aumentar?!

O facto da grande parte das vítimas não falar sobre o que lhe aconteceu ou está a acontecer, ajuda a que o tema pareça distante a todos. Por outro lado, muitos daqueles que têm amigos/as que são ou já foram vítimas de stalking, não relacionam imediatamente uma coisa com a outra (e, na maioria dos casos, não têm sequer noção da gravidade da situação em que podem estar envolvidos os seus conhecidos). Daí a importância de alertar para esta questão, mesmo porque nunca está livre de vir a passar por uma coisa destas e, se for o caso, quanto mais cedo identificar aquilo que lhe está a acontecer, melhor, e se nessa altura já conseguir assegurar protecção, do mal, o menos. Maior é a probabilidade de controlar os danos finais. E sim, acreditem que os danos podem ser muitos... e variados.

Imagino que se perguntem de onde vem tanto conhecimento de causa sobre stalking, afinal?! Pois bem, eu conto: vem de um ano e meio de perseguição intensiva! Detalhe: no papel da vítima! O que torna tudo mais difícil... E mais assustador também. Mas sobre essa história falo mais tarde. Queria, primeiro, explicar a razão que me levou a criar este blogue. Na sexta-feira passada, dia 25 de Novembro, foi apresentado o primeiro estudo feito em Portugal sobre Stalking, coordenado pelo departamento de Psicologia da Universidade do Minho. O jornal Público fez uma notícia sobre isso e não tardou muito até que eu recebesse uma versão online da mesma, enviada por alguém que conhecia a minha sensibilidade sobre o tema.
  
Já não é de hoje que falo da importância de se criar legislação específica para assegurar a protecção de quem precisa, e também não é nova, em mim, a ideia de criar algum tipo de entidade que pudesse, realmente, ajudar vítimas de stalking. Mas os problemas eram sempre os mesmos: por um lado, a minha falta de tempo para me dedicar a algo assim; depois, achava que não passaria de uma voz solitária a defender a criminalização do stalking.
 

O estudo da UM, que veio justamente alertar para a necessidade de regulamentação, e levou a que o governo, através da secretária de estado da Igualdade, Dra. Teresa Morais, demostrasse abertura para discutir o tema e considerar a necessidade de criação de uma lei específica para regular o stalking. Num impulso, liguei para a UM e falei com a orientadora do estudo, Dra. Marlene Matos, com quem partilhei a minha ideia que foi bem recebida, sendo que a mesma não passa apenas pela criação deste blogue como é evidente. Mas lá chegaremos...

Foi nesta sucessão de acontecimentos que encontrei a minha janela de oportunidade e percebi, finalmente, que poderia ser mais do que uma simples voz perdida na noite a clamar por uma protecção que tarda, apesar do problema da falta de tempo se manter. Alertaram-me para os perigos que poderiam decorrer pelo facto de dar a cara por este assunto, nomeadamente a possibilidade de "acordar o monstro", isto é, despertar a atenção do stalker que me perseguia, agora que tudo parece calmo. De um modo nada leviano, senti, em consciência, que, ainda assim, era o certo a fazer.

Ninguém tem o direito de perseguir outra pessoa contra a sua vontade. Ninguém tem o direito de provocar o medo a alguém. Ninguém tem o direito de tentar destruir de forma estrutural a vida de outro ser humano. E também não há direito a que as vítimas continuem a sentir-se impotentes perante tal agressão, tão forte e tão violenta. Neste momento, na prática, não há nada que se possa fazer legalmente para parar um stalker, a não ser enfiar a cabeça na areia e esperar que o tempo passe e se esqueçam de nós.

Se tentar o mais óbvio, apresentar queixa na polícia, depressa vai perceber que não serve de nada, a menos que tenha sido fisicamente agredido e tenha como provar. Pelo contrário, vai provocar ainda mais a ira do stalker, e isso é tudo o que a vítima não quer. Apoio psicológico ajuda, mas não resolve o problema de base. Tudo o resto, é uma perda de tempo, garanto-vos! Já todos perceberam que há um longo caminho a percorrer, mas espero que a criação deste blog represente mais um passo em frente nessa direcção...»


« "Um estudo mostrou que do universo das mulheres assassinadas, 68% tinham sido sujeitas a um prévio 'stalking' pelos maridos ou ex-companheiros", disse a jurista Cristina Borges Pinto»


Em Londres, existe uma clínica de tratamento para vítimas de Stalking, a primeira no mundo . Chama-se National Stalking Clinic.


Em Portugal, podem ter APOIO em Minho/Coimbra e no Porto/Maia:

As vítimas de stalking podem procurar apoio psicológico no serviço de psicologia da universidade do Minho através dos seguintes contactos: 253.604245 servpsi@psi..uminho.pt Ou no serviço de psicologia da Universidade de Coimbra através dos seguintes contactos: 239851476 cpsc@fpce.uc.pt

CASP - Centro de Apoio e Serviço Psicologico ISMAI - Instituto Superior da Maia Avenida Carlos Oliveira Campos Castêlo da Maia 4475-690 S. Pedro de Avioso Cordenadas GPS: N 41.2677920 - W 8.6170470 Telefone: 22 982 89 86 (para marcação prévia) E-Mail: casp@ismai.pt

FONTE: Vítimas de Stalking (blogue)