quarta-feira, 29 de maio de 2013

Facebook promete tomar medidas contra violência de género

"Depois de um boicote publicitário promovido por grupos feministas, rede social admitiu falta de supervisão sobre conteúdos que promovem a violência contra a mulher e promete soluções.

O Facebook reconheceu, esta terça-feira, a sua falta de supervisão sobre conteúdos que promovem a violência contra a mulher na sua rede social e prometeu soluções em resposta a um boicote publicitário promovido por grupos feministas. Num texto publicado na sua página Facebook Safety, a empresa admite que os seus “sistemas para identificar e eliminar discursos de ódio não têm funcionado” como deveriam, em particular, “no que se refere à violência de género”.

“Em alguns casos, o conteúdo não é apagado tão rápido como gostaríamos. Em outros, o conteúdo que deveria ser eliminado não foi ou foi avaliado com critérios desfasados”, segundo indicou a vice-presidente da Política Pública Global do Facebook, Marne Levine. O Facebook reiterou a sua vontade de continuar a fomentar a liberdade de expressão na sua rede social, apesar de reconhecer que deve prestar mais atenção ao que publicam os seus mais de 1.000 milhões de utilizadores. “Precisamos de melhorar e iremos fazê-lo”, disse Levine.

A decisão do Facebook ocorre depois de, no passado dia 21, diversas associações terem enviado à direcção da rede social uma carta aberta em que pediam que deixasse de tolerar as mensagens que aplaudem comportamentos agressivos contra a mulher. Nessa missiva, anunciava-se uma campanha para dar a conhecer aos anunciantes para que deixassem de publicitar-se no Facebook até que a equipa de Mark Zuckerberg reagisse.

“Os participantes enviaram mais de 60.000 'tweets' e 5.000 mensagens de correio eletrónico e a nossa coligação [subscritores da carta] cresceu até superar a centena de grupos a favor da mulher e organizações de justiça social”, assegurou a Women, Action & the Media, em comunicado.

Contra o "discurso do ódio"

No total, 15 empresas aliaram-se ao boicote do Facebook, algumas de grande dimensão como a Nissan no Reino Unido. As organizações queixavam-se de o Facebook alojar páginas como “violar com violência a tua amiga só para te rires”, “Violar a tua noiva e muitas, muitas mais”, permitindo ainda fotografias de mulheres a serem atacadas, feridas, maniatadas, drogadas e a sangrar.


“Proibimos conteúdo considerado danoso de forma directa, mas permitimos conteúdo que é ofensivo ou controverso”, clarificou Levine, apontando que o Facebook também condena o “discurso do ódio” no qual se inclui a violência do género.

O Facebook elencou uma série de medidas de aplicação imediata para “assegurar que tal não volte a suceder na comunidade” de utilizadores, as quais passam nomeadamente por rever as directrizes para avaliar os conteúdos, actualizar a formação das suas equipas que filtram conteúdos nocivos e expor a identidade real de quem utiliza o Facebook para incitar ao ódio."


FONTE: P3.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Maioria dos jovens acha normal a violência no namoro

Maioria dos jovens acha normal a violência no namoro
Imagem retidada do Diário de Notícia. Todos os direitos reservados.

885 alunos, com idades dos 11 aos 18 anos, consideram legítimos comportamentos abusivos com as namoradas ou namorados, segundo inquérito feito pela UMAR.
Mais de metade dos rapazes e das raparigas acham que é normal proibir a namorada/o de vestir certas roupas e de sair com determinados amigos/as.

Entre os rapazes, 5% considera que agredir a namorada ao ponto de deixar marcas não é ser violento. 25% dos rapazes e 13,3% das raparigas entendem que humilhar a namorada/o é legítimo e que ameaçar a namorada ou o namorado é normal (15,65% dos rapazes acha que sim e 5% das raparigas também).

Estas respostas foram obtida nas respostas a um questionário feito a uma amostra de 885 alunos de escolas de Porto e de Braga no âmbito do Projeto Mudanças com Arte da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta)."


FONTE: Diário de Notícias.



Digam-me uma vez mais que o feminismo já não é necessário.