segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pussy Riot, a banda punk da Rússia, feminista e de contestação política.


Pussy Riot denunciam “processo estalinista”, sentença é conhecida dia 17
As três activistas do colectivo russo Pussy Riot que estão a ser julgadas por terem cantado uma música anti-Putin numa catedral de Moscovo denunciaram um “processo estalinista”, no dia em que a juíza marcou a leitura da sentença para o final da próxima semana. 

"“O nosso lugar é em liberdade e não atrás das grades", disse Nadezhda Tolokonnikova

Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Maria Aliokhina, 24, e Iekaterina Samutsevich, 29, estão presas há cinco meses. O julgamento começou na semana passada e está a ser muito rápido, com a defesa a queixar-se de não conseguir chamar testemunhas e de ver as suas perguntas permanentemente rejeitadas pela juíza.

O processo é semelhante aos “das troikas da época de Estaline”, afirmou Nadezhda Tolokonnikova na sua última declaração, na audiência desta quarta-feira, mencionando os julgamentos arbitrários e rápidos da era estalinista, com condenações a anos em campos de trabalho ou mesmo à morte.

“O nosso lugar é em liberdade e não atrás das grades”, disse Tolokonnikova, que usava uma t-shirt com um punho fechado e a palavra de ordem "No pasarán!". 

Houve “uma ordem política” para o castigo, acusou. “As Pussy Riot são alunas e descendentes de dissidentes”, sublinhou – a acusação tem ignorado o elemento de protesto político e acusado as activistas de um crime de ódio religioso, pedindo três anos de prisão.


Processo de 3 semanas
A sentença será conhecida na próxima sexta-feira, dia 17 de Agosto, anunciou entretanto a juíza, isto para um processo que começou na segunda-feira passada, dia 30 de Julho.

apoio às activistas tem vindo de muitos artistas internacionais, a mais recente Yoko Ono, e de políticos, os últimos foram 120 deputados do Parlamento alemão e o ministro checo dos Negócios Estrangeiros. O diário russo Kommersant estima mesmo que “a multiplicação de críticas ao processo Pussy Riot pelos Estados Unidos e União Europeia poderá ser uma das principais causas de irritação entre o Ocidente e a Rússia”, e prejudicar as tentativas do Kremlin melhorar a imagem da Rússia no estrangeiro.

Na Rússia, especula-se que as Pussy Riot possam ser condenadas a menos de três anos de prisão. “A pena deverá incluir provavelmente a detenção provisória e será um pouco superior”, disse uma fonte do parlamento ao diário russo. “Seria absurdo libertá-.las imediatamente à saída do tribunal”, defendeu.


FONTE; Público On-line



Russo coseu os lábios em protesto contra julgamento de banda punk


O pintor Pyotr Pavlensky decidiu coser os lábios em protesto contra a prisão e julgamento das Pussy Riot, banda feminina de punk. Protesto aconteceu em São Petersburgo



Durante várias horas, nesta segunda-feira, 23 de Julho, Pyotr Pavlensky manteve-se em frente à Catedral de Kazan, em São Petersburgo, na Rússia, com os lábios cosidos e um cartaz nas mãos. Só abandonou o seu lugar quando foi levado para as urgências do hospital mais próximo, de onde saiu pouco depois já sem os pontos, diz o RIA Novosti.

Neste protesto no singular, o pintor russo quis chamar a atenção para o caso das três jovens músicas pertencentes à banda de punk Pussy Riot, detidas desde 21 de Fevereiro. Nadezhda Tolokonnikova, de 23 anos, Maria Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 29, foram presas quando actuavam, alegadamente sem autorização, na Catedral do Cristo Salvador, uma das maiores de Moscovo.

“Maria, mãe de Deus, livra-nos de Putin!” é o nome da “oração punk” que a banda entoava e que foi o mote para a sua detenção. As Pussy Riot manifestavam-se, assim, contra o apoio da Igreja à campanha eleitoral de Vladimir Putin, eleito presidente em Março.

[...]

Ainda de acordo com o RIA Novosti, a quem Pyotr Pavlensky falou depois de ter deixado o hospital, o pintor alega que a prisão das Pussy Riot “contradiz os valores cristãos fundamentais, uma vez que a performance escandalosa do grupo na Catedral do Cristo Salvador foi uma recriação da ‘limpeza do templo’ de Jesus Cristo (Mateus, 21:12-13)”.




A performance de Pavlensky demonstrou
, segundo declarações do próprio, “a repressão da liberdade de expressão por parte do governo e a crescente censura na arte e nos média na Rússia”.


FONTE: P3 - Público On-line



Os apoiantes do grupo disseram que este será um julgamento com motivos políticos, devido à letra e à acção. A banda, que se chama Pussy Riot, foi acusada de vandalismo e de "actos de ódio religioso" na catedral mas também na Praça Vermelha onde deram um concerto não autorizado que fez parte de uma manifestação anti-Putin. Na manifestação, à medida que cantavam, as mulheres foram retirando a roupa, acabando em lingerie.


FONTE: P3 - Público On-line



Movimento de apoio internacional:

1 comments:


I can not figure out how do I subscribe for your blog

Enviar um comentário