quinta-feira, 28 de junho de 2012

SLUTWALK 2012 - Porto e Lisboa


30 de JUNHO de 2012 no Porto:

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«Slutwalk Porto, marcha das galdérias, um movimento pela autodeterminação sexual, pessoal e sexualidade afirmativa, pelo retomar dos direitos sobre o próprio corpo, pela ocupação livre do espaço público pelas mulheres e término da rape culture e culpabilização das vítimas.

Nascido em Toronto, após um elemento da polícia se ter referido a casos de violações como culpa das vítimas, devendo estas usarem decotes mais pequenos e saias mais compridas, usa o termo Slut, Galdéria, vadia, como nomeação de poder que alerta para esta necessidade de educar para o respeito, de focar a educação masculina na não violação.

Pede um focar nos culpados e não nas vítimas, alerta e consciencializa para os casos de assédio e para a perda de espaço público sofrida pelas mulheres enquanto se continua a estimular uma cultura de medo.

Não é Não, sempre que for dito.»

(mais informações aqui.)
Fonte: Slutwalk Porto.
1 de JULHO de 2012 em LISBOA:



« [...] As pessoas envolvidas na SlutWalk são feministas – mulheres, trans*, homens, genderqueer, entre outras identidades. O feminismo não trata apenas de ‘direitos das mulheres’, trata da dignidade humana para todas as pessoas, independentemente do seu sexo ou género. É essa dignidade que é violada quando se culpam as vítimas de violência sexual e de género, quando se atacam pessoas por aquilo que elas fazem com o seu próprio corpo, tempo, roupa, palavras e atitudes.

Convém, no entanto, não esquecer que as mulheres* são ainda as mais claramente visadas pela violência de género: em 2011, mais de meia centena de mulheres foram vítimas de homicídio ou tentativa de homicídio por parte de companheirxs ou esposxs (dados da UMAR) e 40% das mulheres com mais de 60 anos também é alvo de abusos (dados da Univ. do Minho). O corpo de qualquer pessoa deve ser propriedade da própria pessoa. Recusamos a existência de proprietários de primeira (geralmente, homens), de segunda (geralmente, mulheres) e de terceira (geralmente, pessoas trans*).

Se SLUT – galdéria, desavergonhada, puta, descarada, vadia, badalhoca, fácil – é uma pessoa que decide sobre o seu corpo, sobre a sua sexualidade, e que procura prazer (nas suas várias formas), então, somos SLUTs, sim!

Não queremos piropos sexistas, não queremos paternalismo, não queremos violência sexual. Dizemos não, por mais cidadania. Dizemos não, por mais democracia. Dizemos não, pela possibilidade de todas as pessoas poderem habitar os espaços públicos e privados em igual segurança, com igual respeito. Dizemos não à dominação patriarcal do espaço físico onde as mulheres* se movimentam. Dizemos não, por mais liberdade.»



(mais informações aqui.)
Fonte: Slutwalk Lisboa.

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